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Fluxo de Caixa

No início desta conversa dissemos a você que não fizesse suposições, que não fosse otimista demais nas previsões do seu plano de negócios. As estimativas deveriam representar com a maior exatidão possível a realidade do mercado.

Todas as estimativas que fizer no seu plano de negócios de um jeito ou de outro resultarão em previsões financeiras. Portanto, desde a fase do projeto até o dia-a dia da empresa você precisará ordenar as previsões de entrada com as previsões de saída de dinheiro.

No plano de negócios você precisará simular o funcionamento de sua empresa, com o maior realismo possível, num esforço para antecipar o que acontecerá de fato após a inauguração.

Tenha certeza de quando sua empresa começar a funcionar a disponibilidade diária de recursos e as necessidades financeiras a curto prazo serão os aspectos que mais chamarão sua atenção. Tomara que não se tornem uma das suas maiores preocupações.

Portanto, aprenda a montar o fluxo de caixa, pois será seu grande aliado na tomada de decisões diárias envolvendo o dinheiro da empresa. Sem ele tudo será confuso, com ele você terá uma espécie de bússola para guiar suas decisões.

Assim, nesta fase de elaboração do plano de negócios e também no  funcionamento da empresa, você terá dois importantes processos: a entrada e a saída de dinheiro.

Esses dois processos podem também ser desdobrados em outros, que são a previsão de entrada e a previsão de saída de dinheiro. Você logo perceberá que o que realmente importa nessa questão são as previsões, sua capacidade de “enxergar” os acontecimentos futuros em tempo de tomar decisões. No caso de criar condições para gerar entrada de dinheiro em contrapartida às saídas de dinheiro, o fluxo de caixa surge como a ferramenta certa para equilibrar as saídas em relação às entradas. Muitas decisões você deverá tomar para equilibrar as saídas com as entradas de dinheiro.

Se sua empresa for viável, nessa questão de dinheiro tudo se resumirá em datas.

Isto é, primeiro entra dinheiro para depois sair dinheiro. Primeiro você recebe de clientes, depois você paga a seus fornecedores. Esta deve ser a regra. Mas se o seu volume de negócios for muito grande, ou seja, muitas entradas com muitas saídas, muitas vendas a prazo com muitas compras a prazo, muitos compromissos futuros, então você somente conseguirá organizar as finanças da empresa sendo muito hábil no uso do fluxo de caixa.

Dois formatos você precisará adotar:

  • Organização de recebimentos já compromissados com pagamentos já compromissados. Isto é, compromissos que sua empresa já assumiu e levarão a desembolsos futuros, bem como recebimentos futuros referentes a vendas já realizadas, e
  • Organização de metas de recebimentos de vendas que sua empresa deve se empenhar para realizar no futuro, bem como compromissos que ela deverá assumir e levarão a desembolsos no futuro.

No primeiro caso, o formato de fluxo de caixa demonstra a situação financeira de sua empresa como uma fotografia de fatos já ocorridos (por exemplo, vendas e compras realizadas). Você perceberá que esse formato de fluxo de caixa exigirá  uma atualização diária ou pelo menos semanal.

No segundo caso, o formato de fluxo de caixa demonstrará a situação financeira projetada com os compromissos que você sabe que poderão ocorrer a curto prazo, os quais, se bem organizados, favorecerão decisões acertadas. Esse formato de fluxo de caixa projetado pode ter atualização semanal ou até mesmo mensal.

Na elaboração do seu plano de negócios você terá de fazer um fluxo de caixa projetado simulando a operação da empresa, já que ela ainda não está em operação.

Mas esse exercício servirá para você avaliar qual combinação de decisões sobre de receber e pagar levará a uma rotina de saúde financeira da empresa.

Então, reforçando:

  1. Aprenda a montar o fluxo de caixa. Por mais trabalhoso que pareçar no início, entenda que é a mais importante ferramenta de decisão de todos os empresários.
  2. Desde a montagem da empresa até o dia-a-dia operacional.
  3. Adote também o formato de fluxo de caixa projetado. Além de importante instrumento de fixação de metas, permitirá antever desajustes financeiros futuros na hora de tomar decisões preventivas. Desenvolva o hábito de fazer previsões de receitas, de volume de vendas e também previsões de gastos.
  4. Faça cursos que abordem gestão financeira da empresa e controle do fluxo de caixa. Não se contente com apenas um curso nem em apenas dispor de “instrumentos computadorizados” que só ajudam a montar controles financeiros.
  5. Lembre- se que seu objetivo é dominar a situação financeira da empresa e garantir sua adequação. Ou seja, desenvolver habilidade nesse assunto e ser capaz de tomar decisões eficazes. Comece a praticar já, a partir de agora, na elaboração do seu plano de negócios.

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